Como fica a cara do futebol brasileiro com a saída de Ricardo Teixeira da CBF ?
Confesso que tenho convicção de que a renúncia de Ricardo Teixeira da (CBF) Confederação Brasileira de Futebol, foi uma grande surpresa para o futebol brasileiro. Segundo o boletim divulgado por Teixeira ele estava com problemas de saúde por isso se viu na obrigação de deixar o cargo.
Depois de 23 anos no poder, Ricardo Teixeira deixa o futebol brasileiro com altos e baixos. Por estar envolvido em escândalos de corrupção, Teixeira não deixa uma boa imagem para seu sucessor, José Maria Marin. Antes do carnaval saiu a notícia em alguns meios de comunicação que Ricardo Teixeira deixaria a CBF, porém depois do carnaval, voltaria ao comando, portanto, agora é definitivo, ele pediu renúncia e a partir desse momento não faz mais parte no comando do futebol brasileiro. Teixeira deu dinheiro da CBF para campanhas políticas de dirigentes esportivos, com o objetivo de manter no Congresso Nacional uma bancada de deputados e senadores para manter-se no controle da CBF e não permitir investigações sobre corrupção dentro da CBF. Com a montagem deste esquema de poder, assegurou suas quatro reeleições. Em 1998, esteve envolvido em comissões parlamentares de inquérito na Câmara de Deputados e no Senado Federal, porém, com a ajuda de congressistas fiéis, conseguiu se livrar das acusações. Prestou depoimento em duas (CPIs) Comissão Parlamentar de Inquéritos: a do futebol e a da CBF-Nike.
Em 2000, Ricardo Teixeira prestou depoimento na CPI do Futebol. Até 1996 a CBF apresentava lucros. Neste mesmo ano Teixeira assinou um contrato com a Nike de 160 milhões de dólares, o equivalente a 288 milhões de reais e a partir de então começou a ter prejuízos, a cada ano que passava. A entidade então tomou dinheiro emprestado de origem duvidosa, pagando juros muito mais altos do que os de mercado, em alguns casos de cerca de 43%, ou seja, o juros do empréstimo ficou quatro vezes mais do valor a ser cobrado. Contudo, foi descoberto uma série de empresas suas e de cúmplices ligados a transações irregulares de dinheiro. Teixeira disse que havia ganhado tanto dinheiro investindo em ações, mesmo sabendo que havia falido neste ramo no início de sua carreira. Também prestaram depoimentos a CPI Vanderlei Luxemburgo, Eurico Miranda e o empresário J.Hawilla. A Receita Federal foi contra a atitude da CBF e pediu R$ 14.408.660,80 para quitar as dívidas com dinheiro público.
Na CPI da CBF-Nike, que contou com declarações do velho lobo Zagallo, João Havelange e do atacante Ronaldo, Ricardo Teixeira foi acusado pelo Deputado Federal Aldo Rebelo pelo motivo de fazer complô para tentar enfraquecer o trabalho das CPIs por unir forças com Pelé, que antes o acusava de corrupção. Teixeira prestou esclarecimentos sobre a CBF de atividades pessoais e de suas empresas. Em janeiro de 2002, Teixeira obteve liminar da Justiça proibindo a distribuição do livro "CBF-Nike," de autoria dos deputados Sílvio Torres e Aldo Rebelo. Essa obra relatava todas as investigações que devassaram seus negócios. Atualmente Aldo Rebelo é amigo pessoal e pessoa de confiança de Ricardo Teixeira.
Em 2007, a bancada da bola agiu novamente sob influência de Ricardo Teixeira. Exatos 12 governadores, que antecipadamente foram à Europa a convite de Ricardo Teixeira, por ocasião da escolha do país sede da Copa do Mundo de 2014 e impedir a instalação da (CPMI) Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Corinthians/MSI, com a retirada de votos a favor da CPMI na última hora. O argumento era que a CPI poderia influenciar na escolha da sede. No episódio, 71 parlamentares mudaram de opinião, e apenas 3 se justificaram.
Por ocasião da escolha das cidades que receberiam jogos da copa, o apoio político a Ricardo Teixeira esteve ameaçado brevemente. Porém, novamente, a corrupção na CBF não esteve ameaçada.
Desde 1989 Ricardo Teixeira esteve no comando da CBF. Escândalos, denúncias e acusações que foram apontados por alguns veículos de comunicação, além do estranho relacionamento e desgaste com o Governo Federal, sobretudo com a presidente Dilma Rousseff, fatos esses que ficaram marcados durante todo esse período de quase duas décadas no futebol.
Durante sua gestão na CBF, foram conquistados 11 títulos mundiais em seleções brasileiras de todos os níveis e 27 sul-americanos, consolidando assim a sua hegemonia no cenário mundial. Em contrapartida, durante seus cinco mandatos aumentou a saída de craques brasileiros para o exterior, nem sempre para os grandes clubes do futebol europeu.
Contudo, Ricardo Teixeira juntamente com Eurico Miranda, na época, como diretor de futebol da CBF, criaram a Copa do Brasil, um dos torneios mais charmosos e disputados, pelo motivo de proporcionar aos clubes considerados pequenos, alguns até de fora do grande centro, a oportunidade de aparecerem no cenário nacional.
Ricardo Terra Teixeira nasceu em 20 de junho de 1947, atualmente está com 65 anos de idade, desde os 42 anos no comando da CBF, é um dirigente desportivo brasileiro, 18º presidente da Confederação Brasileira de Futebol, onde permaneceu no cargo de 16 de janeiro de 1989 até 12 de março de 2012. Seu quinto mandato consecutivo terminou em 2007, mas havia sido prolongado, e deveria durar até 2015, um ano depois da Copa no Mundo que será disputada no Brasil.
Giovani Rogério
Depois de 23 anos no poder, Ricardo Teixeira deixa o futebol brasileiro com altos e baixos. Por estar envolvido em escândalos de corrupção, Teixeira não deixa uma boa imagem para seu sucessor, José Maria Marin. Antes do carnaval saiu a notícia em alguns meios de comunicação que Ricardo Teixeira deixaria a CBF, porém depois do carnaval, voltaria ao comando, portanto, agora é definitivo, ele pediu renúncia e a partir desse momento não faz mais parte no comando do futebol brasileiro. Teixeira deu dinheiro da CBF para campanhas políticas de dirigentes esportivos, com o objetivo de manter no Congresso Nacional uma bancada de deputados e senadores para manter-se no controle da CBF e não permitir investigações sobre corrupção dentro da CBF. Com a montagem deste esquema de poder, assegurou suas quatro reeleições. Em 1998, esteve envolvido em comissões parlamentares de inquérito na Câmara de Deputados e no Senado Federal, porém, com a ajuda de congressistas fiéis, conseguiu se livrar das acusações. Prestou depoimento em duas (CPIs) Comissão Parlamentar de Inquéritos: a do futebol e a da CBF-Nike.
Em 2000, Ricardo Teixeira prestou depoimento na CPI do Futebol. Até 1996 a CBF apresentava lucros. Neste mesmo ano Teixeira assinou um contrato com a Nike de 160 milhões de dólares, o equivalente a 288 milhões de reais e a partir de então começou a ter prejuízos, a cada ano que passava. A entidade então tomou dinheiro emprestado de origem duvidosa, pagando juros muito mais altos do que os de mercado, em alguns casos de cerca de 43%, ou seja, o juros do empréstimo ficou quatro vezes mais do valor a ser cobrado. Contudo, foi descoberto uma série de empresas suas e de cúmplices ligados a transações irregulares de dinheiro. Teixeira disse que havia ganhado tanto dinheiro investindo em ações, mesmo sabendo que havia falido neste ramo no início de sua carreira. Também prestaram depoimentos a CPI Vanderlei Luxemburgo, Eurico Miranda e o empresário J.Hawilla. A Receita Federal foi contra a atitude da CBF e pediu R$ 14.408.660,80 para quitar as dívidas com dinheiro público.
Na CPI da CBF-Nike, que contou com declarações do velho lobo Zagallo, João Havelange e do atacante Ronaldo, Ricardo Teixeira foi acusado pelo Deputado Federal Aldo Rebelo pelo motivo de fazer complô para tentar enfraquecer o trabalho das CPIs por unir forças com Pelé, que antes o acusava de corrupção. Teixeira prestou esclarecimentos sobre a CBF de atividades pessoais e de suas empresas. Em janeiro de 2002, Teixeira obteve liminar da Justiça proibindo a distribuição do livro "CBF-Nike," de autoria dos deputados Sílvio Torres e Aldo Rebelo. Essa obra relatava todas as investigações que devassaram seus negócios. Atualmente Aldo Rebelo é amigo pessoal e pessoa de confiança de Ricardo Teixeira.
Em 2007, a bancada da bola agiu novamente sob influência de Ricardo Teixeira. Exatos 12 governadores, que antecipadamente foram à Europa a convite de Ricardo Teixeira, por ocasião da escolha do país sede da Copa do Mundo de 2014 e impedir a instalação da (CPMI) Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Corinthians/MSI, com a retirada de votos a favor da CPMI na última hora. O argumento era que a CPI poderia influenciar na escolha da sede. No episódio, 71 parlamentares mudaram de opinião, e apenas 3 se justificaram.
Por ocasião da escolha das cidades que receberiam jogos da copa, o apoio político a Ricardo Teixeira esteve ameaçado brevemente. Porém, novamente, a corrupção na CBF não esteve ameaçada.
Desde 1989 Ricardo Teixeira esteve no comando da CBF. Escândalos, denúncias e acusações que foram apontados por alguns veículos de comunicação, além do estranho relacionamento e desgaste com o Governo Federal, sobretudo com a presidente Dilma Rousseff, fatos esses que ficaram marcados durante todo esse período de quase duas décadas no futebol.
Durante sua gestão na CBF, foram conquistados 11 títulos mundiais em seleções brasileiras de todos os níveis e 27 sul-americanos, consolidando assim a sua hegemonia no cenário mundial. Em contrapartida, durante seus cinco mandatos aumentou a saída de craques brasileiros para o exterior, nem sempre para os grandes clubes do futebol europeu.
Contudo, Ricardo Teixeira juntamente com Eurico Miranda, na época, como diretor de futebol da CBF, criaram a Copa do Brasil, um dos torneios mais charmosos e disputados, pelo motivo de proporcionar aos clubes considerados pequenos, alguns até de fora do grande centro, a oportunidade de aparecerem no cenário nacional.
Ricardo Terra Teixeira nasceu em 20 de junho de 1947, atualmente está com 65 anos de idade, desde os 42 anos no comando da CBF, é um dirigente desportivo brasileiro, 18º presidente da Confederação Brasileira de Futebol, onde permaneceu no cargo de 16 de janeiro de 1989 até 12 de março de 2012. Seu quinto mandato consecutivo terminou em 2007, mas havia sido prolongado, e deveria durar até 2015, um ano depois da Copa no Mundo que será disputada no Brasil.
Giovani Rogério
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