O fim do mundo: 14 anos depois
Foi uma manhã como outra qualquer: a rotina escolar, longe da televisão, do rádio e da internet, que na época engatinhava, me manteve isolada de um dos fatos mais marcantes da história da humanidade: o ataque terrorista ao Wold Trade Center em Nova Iorque. No final da aula, as mães que vieram buscar seus alunos e as meninas da cozinha comentavam sobre uma explosão sem precedentes de dois aviões que destruiu os prédios americanos e um outro que caiu matando os passageiros. A conversa era uma só: um avião seria um acidente, dois seria um atentado, três, então, poderia ser o início de uma terceira guerra mundial. Só de falar em guerra mundial meu coração foi a mil, pensava em Hiroshima e Nagazaki, na bomba nuclear e no medo que dominava a geração anos 70 e 80, acostumados com a Guerra Fria entre URSS e os EUA. Nos meus pesadelos da infância os dois presidentes tinham um botão vermelho (por que vermelho?) que poderiam ser apertados a qualquer momento, fazendo com que todo o planeta foss...